Entra mês, passa mês... e a operadora de telefonia móvel VIVO, continua tentando impor uma imagem que de fato não tem, mas sonha um dia ter. Com propagandas pomposas e fantasiosas, a VIVO tenta galgar um posto de “querida” do consumidor brasileiro.
A apelação é tamanha que para contrapor o desprestígio da empresa existe a necessidade de contratar rostos conhecidos da mídia, como a atriz e jornalista Marília Gabriela e o apresentador Luciano Hulk, entre outros.
O mais novo comercial da VIVO se supera nos quesitos falta de “inovação” e “propagação de números irreais”.
Aliás, números - e principalmente números desconexos - são o forte da empresa. A começar pelos supostos 40 milhões de clientes que a operadora insiste em anunciar com orgulho e usar como slogan, haja visto que em seu último relatório anual consta uma base de 33.484 milhões de clientes. Uma diferença, quase que “insignificante”, de 6,5 milhões de clientes.
Diferença essa, que pode ser aumentada se forem observadas (auditadas) as quantidades reais de linhas em funcionamento. Isso porque, a VIVO mantém um programa de “criação de clientes inexistentes”. Mascarado atrás de uma boa intenção, que é o desconto na troca de um aparelho antigo por um novo, a operadora condiciona a inserção de uma nova linha no aparelho antigo. Ou seja, inflando a quantidade real de linhas em funcionamento na sua rede.
Na propaganda que vem sendo veiculada na televisão durante essas últimas semanas, a VIVO apresenta outros números irrelevantes:

Para um “universo” anunciado de 40 milhões de clientes, não há nada do que se orgulhar. Pelo contrário, qualquer pessoa que vá atrás dessa suposta banda larga, fica ciente de que de larga não tem nada, nem cobertura e nem qualidade. De largo, de fato, às únicas coisa são: o tamanho do equipamento; e o preço, extremamente caro.

Outro dado ínfimo e praticamente irrelevante, sendo que as músicas são oferecidas por empresas terceiras. Inclusive é fator de muita dor de cabeça aos usuários, uma vez que nem sempre há a conclusão do envio da música, porém sempre é concluída a cobrança.

Esse até que é um número considerável. Mas há de se analisar que a tecnologia Wap já esta bastante popular em todas as operadoras, e na VIVO torna-se obrigatório o uso, uma vez que a operadora não tem uma rede 3G existente, sendo então, o Wap a única forma de acesso à Internet através do celular. Vale observar também, que existe uma quantidade grande de aplicativos nos aparelhos que fazem conexão automaticamente, fora os botões de acesso que são posicionados para acessos acidentais.
Os dados importantes e relevantes, a operadora “esquece” de apresentar. Vamos a alguns exemplos:
De acordo com seu próprio relatório anual, a VIVO fechou o ano de 2006 com 5896 funcionários. De 2006 a 2007, houve um crescimento – seja de receita ou de clientes. Entretanto, a empresa fechou o ano de 2007 com MENOS funcionários do que no ano anterior. Dado no mínimo curioso.
Isso ainda se contrapõem à quantidade de reclamações que, nesse caso, a empresa é mesmo LÍDER invicta e inquestionável.
Sejam reclamações de usuários da telefonia móvel formalizadas na ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), nos PROCONS, nos Juizados Especiais, entidades de defesa do consumidor, sites especializados, colunas e sessões de jornais e revistas especializados.

Em 2007, a empresa caiu para o quarto lugar no ranking geral, porém continua sendo a empresa de telefonia móvel com mais reclamações.
Um outro exemplo claro e simples do descaso da empresa é um ranking do site especializado em reclamações dos consumidores, o Reclame Aqui.

Contra a VIVO existem, no site Reclame Aqui, 3901 reclamações registradas. Dessas, apenas 35% foram respondidas pela operadora, ou seja, a maioria ou 2536 reclamações foram simplesmente IGNORADAS pela empresa. Do total, apenas 26,2% das pessoas voltariam “a fazer negócios” com a empresa. Traduzindo, 73,8% não recomendam ou voltariam a serem clientes da operadora.
Outro dado relevante que não é divulgado, é a queda na participação da operadora no mercado de telefonia móvel. É fato notório que o setor de telefonia móvel cresce assustadoramente todos os anos, porém, contrapondo isso, a VIVO tem diminuído sua participação.
Em 2006, a VIVO tinha 38,2% de participação no mercado (Market Share), e essa participação caiu para 36,7% em 2007. Esses dados são do relatório da própria operadora.

Em Janeiro de 2008, a operadora tinha 27,44% de participação no mercado nacional. Em Fevereiro caiu para 27,32%. Em Março caiu mais uma vez, registrando 27,28% de participação. Abril, a operadora registra mais uma queda, indo a 27,20%, mas acabou incorporando a operadora Telemig Celular, o que fez seu índice de participação aumentar para 30,36%.
Em Maio, o índice teve mais uma alta, ficando em 30,45%. Mas logo em seguida, recomeça a trajetória de queda, registrando 30,36%. Em Julho e Agosto a queda continua se acentuando, 30,25% e 30,12%, respectivamente.
Esses números de participação de mercado mostram, em “tempo real”, qual é realmente a posição da operadora no mercado. É um bom e confiável índice que representa a relação custo-benefício, a qualidade dos serviços, a qualidade do atendimento...
Outros pontos podem e devem ser observados.

Em relação à inovação tecnológica a VIVO é um espanto, quase um museu. A operadora está sempre às margens dos avanços. Só recentemente começou a migrar da tecnologia CDMA para a tecnologia GSM, coisa que a operadora Claro fez há muito tempo atrás, e a TIM há mais tempo ainda.




Um “avanço” da VIVO, se é que se pode chamar assim, foi vender um aparelho da Samsung que recebe os sinais da TV Digital.
Agora, se analisarmos, observa-se que isso nada tem a ver com a VIVO. Quem fabrica o aparelho é a Samsung, e quem disponibiliza o sinal de TV Digital são as próprias operadoras.
Pra não esquecer de citar, e isso mostra a isenção de uma empresa. Eu, particularmente, tenho duas comunidades “contra” a operadora VIVO no site de relacionamentos Orkut. Tanto as minhas, quanto as que eu sou mediador, quanto as que eu apenas participo, tiveram as imagens representativas deletadas. Essa atitude foi tomada pelo Google, que mantém o Orkut, sob uma interferência da própria operadora VIVO. Entretanto, e confirmando o que foi dito, nenhuma comunidade que enaltecia a operadora e usava o logo da mesma sofreu intervenção.


Isso tudo faz com que os trocadilhos com os slogans da operadora, como “Vivo, roubando você!”, “Vivo sinal Sem qualidade!”, “Vivo, líder em propaganda enganosa!”, ou mesmo o “Vivo nem morto!”, sejam tão representativos e reais.
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